Para pensar.…

Em uma roda cheia de médiuns Umbandistas o assunto mais falado é a incorporação.

Cada um falando da força que sente, o brado do seu Caboclo, da risada de seu Exu.

Pouco se fala do que se faz fora dali.

Quando a gira termina e as portas dos terreiros se fecham a mediunidade não passa, e a caridade não deve parar.

Muita gente respeita o Caboclo parado em sua frente, …mas não cuida na natureza que o rodeia.

Gargalha com Exú e Pomba Gira dentro do terreiro, …mas perde o respeito do lado de fora.

Ajuda consulente enquanto incorporado, …mas vira a cara pra quem pede ajuda na rua todos os dias.

Senta e conversa com um Preto Velho, …mas la fora tem falas e atitudes racistas, e não faz o mínimo para aprender e mudar.

Come bolo com o Ere, ri e brinca na festa de Cosme e Damião, …mas quando sai de lá esquece que o Ere existe ou questiona sua força por se apresentar como uma criança.

É tão fácil falar que é Umbandista, é muito fácil tudo isso do lado de dentro do portão.

E quando a gira termina?

E quando o portão se fecha?

E quando ninguém (encarnado) esta olhando?

Cada um tem seu próprio caminho, cada um trilha sua evolução no seu próprio ritmo, eu sei e todos sabem, …mas não existe tolerância.

E não estou falando sobre ser “perfeito”, pois somos todos passiveis de erros.

O problema real é que muitos acham que evolução e caridade não se estende do lado de fora.

Que o respeito pela Umbanda, Entidades e Orixás é somente quando estamos na frente deles.

Quer um conselho?

Orai e Vigiai a si mesmo, irmão! Como doar aquilo que não se pratica, não exerce?

Umbanda não é brinquedo, caridade não é hobby para praticar duas vezes na semana;

Mediunidade não é sinônimo de “salvação” e a evolução nunca para.

Crédito: umbandaepensamento

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