Por que Preto Velho?

13 de Maio – Abolição da escravidão no Brasil
Hoje 13 de Maio, dia da abolição da escravatura comemora-se na maioria dos terreiros de Umbanda a manifestação da linhagem do espírito que se fez presente já na primeira gira de Umbanda.

Nesta aparição retirou-se da mesa justificando-se “nego num senta não meu sinhô, nego fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nego deve arespeita“. Coloca assim, em cheque valores morais, condutas sociais e até mesmo o racismo velado ainda muito presente no social brasileiro.

Muitos assumem um mesmo título de identificação (nome) e a mesma estrutura de forma plasmada (aparência). No entanto, esses espíritos não respondem mais a raça, etnia, cor e particularidades de suas encarnações. Por isso se identificam por propósitos e intenções que têm em comum.

Na linha de Preto Velho, convivemos e aprendemos com o arquétipo do negro escravizado que superou as atrocidades de seus algozes. É como se esse sentimento de perdão, tivesse transcendido sua vida. Por isso, neste momento compartilha por meio da experiência mediúnica, virtudes como a humildade, simplicidade, caridade, calma, evolução, paciência…seriedade. Sentimentos que só um espírito de luz, carregado de amor tem para dividir.

A sabedoria e acolhimento característico do mistério dos Pretos Velhos, não é vivenciada tão profundamente nas outras linhas de trabalho. Esses são por excelência, o campo de atuação dos espíritos que trazem esse arquétipo.

Todos esses que vêm a linha de Umbanda são chamados de guias, não à toa. São em si a manifestação de um “pedacinho” de Deus, que corresponde a sabedoria, a sapiência divina. Por isso, tanto a aprender.

Estar na presença de nossos Pretos Velhos é estar em comunhão com a própria sabedoria de Pai Olorum. Podemos “conversar e tocar em Deus” por meio desses trabalhadores do astral.

É por isso que quando temos a oportunidade de conversar, tomar um passe ou incorporar essas entidades, estamos vivenciando e acrescentando às nossas vidas cada vez mais esses valores e virtudes.

Saímos do terreiro carregados desses ensinamentos. Cada vez mais aprendendo e evoluindo nesse aspecto de nossa vida.
Cura
É comum na Umbanda a prática da benzedura pelos Pretos Velhos. Curas e rezas características de povos que em suas medicinas informais e tradicionais estavam carregados de bons sentimentos. Promoviam o tratamento de doenças físicas, bem como, as enfermidades espirituais de suas comunidades.

A cura é física, é emocional, é espiritual, é da alma e da carne. Do espírito e do âmago do nosso ser. Não importa como ela ocorra, se com um ramo de arruda ou com uma mironga de Pai Véio. Também não importa a ferida curada. O que nos vale são os sentimentos depositados e transmitidos por esses velhos anciãos em cada passe e conversa com nós encarnados.

SALVE O MISTÉRIO ANCIÃO DA UMBANDA!!
SALVE NOSSOS PAIS E MÃES PRETOS!!

Estudos EAD. 

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