Os médiuns também vivem seus dias depressivos, que lhes dificultam o trabalho cotidiano e causam ao transe mediúnico imensas dificuldades. Reagem, inquietos, sob o nosso controle espiritual; despertam do transe e isolam-se de nossa intuição. Assim como o lago de superfície encrespada não reflete a contento a luz do luar, o médium perturbado também não recepciona o nosso pensamento de modo correto e seguro. Ele impõe seus gostos, caprichos e automatismos; repudia, por vezes, nossas ideias, ensombra a vivacidade das comunicações dos espíritos, altera o sentido das sugestões, modifica até a prescrição mediúnica.
Durante essas fases negativas, o médium sonâmbulo, mecânico ou de incorporação, também está sujeito a equívocos de toda espécie. Daí a importância da humildade para que o médium reconheça não estar bem e peça um atendimento na corrente em que participa antes mesmo de abrir o trabalho de cura. (Ramatís)
- Não adianta tomar banho de ervas para se limpar, quando você continua se sujando na lama.
- Não adianta banho de ervas para se defender quando você está sempre prejudicando alguém.
- Não adianta banho para a prosperidade quando você tem egoísmo no espírito.
- Não adianta banho de erva pra elevação se você ainda continua emanando energia nociva para os outros.
- Não adianta acender vela branca pra anjo da guarda e continuar com a alma suja.
- Não adianta ascender vela pra orixá e entidades se você insiste em viver na escuridão do egoísmo.
- Não adianta usar roupa branca se você só pratica o egocentrismo.
- Não adianta fazer preces, usar fio de contas,tomar banho de ervas, ouvir conselhos de entidades não adianta fazer todo esse ritual, se não carrega o básico com você, mudança interior.
- Não adianta pregar caridade e amor se as atitudes são reversas.
- Tudo que você ganha através de abertura de canais pelos banhos, é porque você semeou primeiro no seu coração, na sua alma e nas suas atitudes.
É preciso se limpar
Com folha de Arruda e Guiné pra levantar a maré!
Com sal e inhame para tirar o espanto!
Com figa e moeda para evitar a queda!
Com cordão e assa-peixe pra melhorar o desfecho!
Com alho e paiol para cortar tersol!
Com Pai Nosso e Ave Maria em todos os caminhos da via!
Com terra e água para que o amor deságue!
Com tesoura e mel para combater o fel!
Vamô Benzê!
Com dendê e padê que é pro mal não vê!
Os amigos e os inimigos que é pra reza valê!
Vamô Benzê pra vencê!
Entra na mata, reza uma reza, reza uma reza que abre o caminho!
Mata encantada de uma reza deixa o inimigo perdido na mata!
Vamô Benzê pro amô vencê!
Texto Ramatis no livro Mediunidade de Cura >
Adaptado para escola de Umbanda Pena Verde